Outro dia estava lendo um artigo no site Digestivo Cultural em que Ana Elisa Ribeiro, moradora de Belo Horizonte, tentava descobrir a alma de BH, uma cidade de vários sotaques, do baiano ao carioca, passando pelo paulista caipira. Ela se perguntava se há alma em uma cidade.
Não quero provocar nenhuma rixa antiga de café com leite, meu coração também bate por Minas, afinal sou mineira de pai e mãe, mas fiquei pensando se já é difícil descobrir a alma de Belo Horizonte com seus 114 anos e 2.258.096 habitantes imagine a diversidade que compõe a alma paulistana de 457 anos e cerca de 11 milhões de habitantes.
Quando se fala de São Paulo, todos se lembram da boa comida, das enchentes, da idéia de cidade das oportunidades, da pobreza em suas periferias e favelas, enfim coisas boas e ruins e em grandes proporções.
Na minha infância minha família era meio nômade, vivíamos mudando de casa, morei nos bairros mais afastados da Zona Leste, incluindo um dos mais tradicionais, a minha querida Penha. Quando me casei fui buscar um pouco de tranqüilidade e fugir da poluição em Jundiaí, na beira da Serra do Japi, uma cidade do interior muito próxima de São Paulo. Depois de cinco anos voltei, tinha saudade da sensação de estar perto de onde as coisas estavam acontecendo e da linda vista noturna da cidade.
Estar em São Paulo é como estar em qualquer parte do país ou do mundo. Nas ruas dessa imensa Babel, ouvimos todo tipo de língua, do inglês ao japonês. Passeando por vários bairros nos deparamos com o antigo como na região da Praça da Sé, Luz ou no Ipiranga com suas belas e imponentes construções históricas, ou com a modernidade dos prédios da Paulista e do Brooklin Novo. Podemos desfrutar da natureza no Parque do Ibirapuera, Vila Lobos, Burle Marx, Severo Gomes ou em tantos outros pela cidade.
Em todos esses lugares que citei há o lado B da cidade como na Luz, onde os viciados da Cracolândia convivem com as sacoleiras da José Paulino e arredores e com a elite que vai à Sala São Paulo para assistir aos concertos de música clássica.
Sim, acredito que a cidade tenha uma identidade composta por todas estas características e histórias e é isto que faz de São Paulo, única no país e, esta unicidade é a alma paulistana que já é parte de cada cidadão que nasceu aqui ou veio de longe.
Até a próxima!
Fonte: IBGE
Olá Iara! Sabes que me inebriei com suas colocações sobre São Paulo? Viajei contigo, iclusive pela Penha.São Paulo nos amedronta e nos encanta ao mesmo tempo.
ResponderExcluirIsabel Azevedo
Oi Iara, Parabéns pela linda definição sobre esta grande metropole, é justamente por isto que não levo minha esposa para conhecer outros lugares, pois por aqui encontramos de tudo um pouco. Celso r. b. novaes
ResponderExcluirEu também Amo São Paulo, sinto muita saudade do tempo em que eu morava na Penha, parabéns Iara.
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