segunda-feira, 18 de abril de 2011

Loser






“Nunca fui uma estrela, sempre fui uma loser”, esta frase dita por Lady Gaga a cantora pop considerada uma das 25 pessoas mais influentes e uma das 5 mais bem remuneradas do mundo, segundo o Wikipédia, dita em entrevista para o projeto “Musicians@Google” mostra que toda e qualquer pessoa pode se sentir um perdedor alguma vez na vida. A cantora disse que na época do colégio não era uma aluna muito popular e por isso sofria na mão dos colegas e completou “ Bullying é algo tão ruim e isso fica para a vida toda”.

A cultura do Loser, aquele que sempre perde, que é humilhado, um fracassado, e a competição que dela resulta é um dos pilares da cultura americana que ajudou o país a chegar ao topo do mundo. Chamar um americano de loser é uma ofensa grave.

O perdedor é “escolhido” desde os tempos do colégio, por não se enquadrar em algum padrão como popularidade ou condição financeira, e sofre a opressão de colegas de classe e até mesmo de educadores, que tratam este problema como algo comum entre adolescentes.

Essa divisão das pessoas em perdedores e vencedores pode ser vista em inúmeros filmes e séries produzidas nos EUA. Atualmente uma das séries de maior sucesso por lá trata deste assunto, Glee, que está na 2ª temporada, conta a história de alguns alunos que não são aceitos na escola e são agredidos verbal e fisicamente por quase todos os alunos.

Eles se juntam em um clube para cantar, o que fazem muito bem, e se apresentar em concursos para assim quem sabe passar para o outro lado, o dos vencedores, como aconteceu com a Lady Gaga.

A série é divertida e os garotos muito talentosos mas não há a intenção de provocar discussões de como esse tipo de comportamento pode a longo prazo fazer mal às pessoas e a sociedade e na vida real nem sempre termina com final feliz.

Podemos lembrar de vários casos em que os estudantes que sofreram bullying desenvolveram distúrbios mentais a ponto de querer se vingar dos agressores reais ou imaginários, como o triste e recente episódio da tragédia de Realengo.

Esse modelo americano é exportado para todo mundo, e aqui no Brasil não seria diferente. Os pais frequentemente sobrecarregam suas crianças com cursos e cobranças preocupados em preparar os filhos para serem vencedores e se esquecem da importância de transmitir valores que os transformem em seres humanos éticos, que respeitem os outros e a si próprios.

A pesquisa anual do índice de felicidade e realizações mostra que os melhores países para se viver são os Nórdicos, como a Suécia e a Dinamarca em que a competição é mínima e todos têm tudo, por causa do Estado do Bem Estar Social e do povo educado que lá vive.

Fazer parte de um grupo e, contribuir com as suas habilidades e competências para o equilíbrio deste grupo, é necessário para o desenvolvimento e amadurecimento de uma pessoa porém para isso as diferenças precisam ser respeitadas e incentivadas. Só assim teremos uma sociedade justa e vencedora. Até a próxima! Dica: http://ongeducarcontraobullying.blogspot.com/

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