Outro dia ao comentar sobre esta coluna com uma amiga, ela se lembrou de um filme com o mesmo nome que narra as experiências de vida de um grupo de mulheres maduras que costumam reunir-se a cada ano para confeccionar uma colcha de retalhos. Cada uma delas borda um pedaço de pano que é algo relacionado com o sentimento de cada uma, no final elas unem todos os pedaços formando uma linda colcha artesanal, mostrando através desses bordados o momento em que elas foram realmente felizes.
No filme as mulheres vivem histórias diferentes de amor e renúncia. A neta de uma delas, Finn, está prestes a se casar é está em dúvida se o noivo é o homem certo para ela, a indecisão acontece também na vida profissional pois ela não consegue acabar uma tese de mestrado. O espectador acompanha o processo de autoconhecimento que elas estão vivendo.
Faz parte da natureza feminina a busca por respostas. Para o psicanalista, Carl Gustav Jung, o nosso desenvolvimento como indivíduos passa pela consciência de quem somos, trazemos tudo dentro de nós, temos o inconsciente coletivo e o inconsciente pessoal, neste último está todos os fatos vividos por nós, podendo ser acessado, basta ter interesse e dedicação, o inconsciente sempre procura comunicar-se com o consciente, através de sonhos e fantasias, precisamos aprender a decodificá-los.
As mulheres apresentadas no filme não são muito diferentes das reais, são inconstantes e intensas. No mesmo dia podem amar e odiar com a mesma força. Se apaixonam por vários sapos em busca do príncipe encantado. Adoram trabalhar e produzir, mas, querem ser mães mais presentes. Orgulham-se de serem capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo e se queixam dos maridos que não cooperam.
Vale a pena assistir ao filme pois podemos nos reconhecer em cada uma dessas mulheres. Anna, uma das costureiras diz uma frase que resume bem o espírito do filme, “Para se fazer uma colcha deve-se escolher os retalhos com cuidado. Se escolher bem dará destaque a obra, se escolher mal, as cores ficam sem vida e tiram a sua beleza. Deve-se seguir o instinto e ser corajosa.”
Até a próxima!
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/34636/1/Colcha-de-retalhos-Historias-contadas-atraves-de-simbolos/pagina1.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário