segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Crítica - O Cisne Negro



Um drama sem precedentes uma história forte de superação e emocionante!
Esses são alguns ingredientes que você irá encontrar ao assistir o filme “Cisne Negro”.

Engana-se quem pensa que se trata de mais um produção sobre dança ou ballet, impossível traçar qualquer tipo de comparação com outros filmes que abordam essa temática como “Dance Comigo”, “Dirty Dancing”, “Tango” ou “Vem Dançar Comigo”.
O enredo do “Cisne Negro” é muito mais forte que a própria arte da dança mostrada na tela, ela transcende e atinge você de uma forma voraz, não importa seu conhecimento sobre ballet ou se alguma vez já assistiu o “Lago do Cisne”, no entanto para quem já praticou ou conhece um pouco mais o mundo do Ballet, com certeza o impacto é muito mais forte podendo chegar a ser até visceral.
Graças à competente direção de Darren Aronofksy, ex marido da atriz Rachel Weisz, para nós ainda é um grande desconhecido, embora já acumule alguns prêmios como melhor diretor (Sundance Film Festival, por Pi 1998 e no Festival de Veneza por The Wrestler 2008).
Ele arriscou e deu certo, em muitos momentos você acompanha Nina, interpretada por Natalie Portman, em suas caminhadas pelo metrô, para casa ou até mesmo nos ensaios, a imagem escura do filme pode até atrapalhar um pouco, mas com certeza contribui em muito para dar mais veracidade ao filme, chegando a sentir a respiração ofegante do personagem em muitas cenas.

O Lago do Cisne foi escrito em 1895 e conta a historia do príncipe Siegfried que se apaixona por Odete uma linda rainha que durante o dia se transforma em um belo cisne branco, feitiço imposto por Rothbart , somente o amor verdadeiro seria capaz de quebrar esse encanto. Rothbart sabendo das intenções do príncipe envia para o grande Baile sua filha Odile, que dança com o príncipe que acredita ser Odete e a pede em casamento. Ao saber que foi enganado Siegfried vai ao encontro de Odete, os amantes se jogam ao lago, e nesse momento, a magia é quebrada e o reino de Rothbart desmorona, matando o príncipe. Importante esse momento e saber que existem dois cisnes o Branco, Odete e o Negro Odile, pois essa dualidade norteia o filme inteiro. A atuação de Natalie Portman é digna de Oscar, a atriz nesse trabalho superou toda e qualquer expectativa, seus gestos, olhares e movimentos, como o Cisne Branco é algo extraordinário, mas quando ela dança como o Cisne Negro esse sim, vale o ingresso, sua atuação entra na esfera da perfeição, auxliada por um jogo de câmeras e um efeito que gradualmente insere asas aos seus braços fica impossível não ficar de boca aberta.

O conflito do Branco com o Negro, a descoberta do seu lado sombrio e o modo como isso é mostrado na vida do personagem, que ainda sofre de um tipo de esquizofrenia criando situações imaginárias dá ao filme um ritmo violento e extremamente dramático.

O final pode não agradar a todos, mas vale à pena assistir, e ver como uma atriz consegue se superar atingindo a perfeição. Claro, que o resultado só foi conseguido graças a câmera e o olhar companheiro de Darren Aronofksy, de uma trilha sonora espetacular e um figurino que dispensa apresentações e elogios.

O Cisne Negro é fatal !

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