Na última sexta-feira, dia 11 de fevereiro, caiu mais um ditador, Hosni Mubarak, o presidente do Egito, o maior e mais poderoso Estado Árabe, ele renunciou após quase um mês de muitos protestos da população que não agüentava mais os atos abusivos, a corrupção e o desemprego.
Este levante teve como principal meio de mobilização, a Internet, mais precisamente o Facebook com seus 400 milhões de usuários cadastrados no mundo. Através da rede social os egípcios trocavam mensagens que falavam da insatisfação com o regime, desta forma era possível driblar a forte repressão. No auge dos protestos, o governo contra-atacou tirando do ar todos os servidores deixando cerca de 23 milhões de usuários sem acesso a Internet por cinco dias.
Não adiantou, a essa altura a população já estava mobilizada, a Internet serviu para acender a chama, foi o lugar comum em que pessoas insatisfeitas com o regime de Mubarak se encontraram.
O povo foi o ator principal desta história, foi o descontentamento popular que fez com que eles buscassem uma alternativa de mudança. É natural que a Internet, que aproxima pessoas de qualquer parte do mundo, tenha sido o meio encontrado para divulgação desta insatisfação, se ela não existisse os meios seriam outros (vide texto abaixo).
Isto comprova a tese do sociólogo francês, Dominique Wolton, que disse, em entrevista a Folha de SP - 9/11/2010, que a Internet não serve para a constituição da democracia: "Só funciona para formar comunidades em que todos partilham interesses comuns e não sociedades onde é preciso conviver com as diferenças.”
O Facebook foi o meio encontrado pela população para compartilhar as injustiças sofridas e organizar o movimento, mas foi a ida do povo às ruas que culminou com a queda de Mubarak.
A Internet facilita muito a interação social, mas o contato real com outras pessoas nos proporciona novas experiências e encontramos a oportunidade de crescermos como seres humanos e cidadãos.
Até a próxima!
Este levante teve como principal meio de mobilização, a Internet, mais precisamente o Facebook com seus 400 milhões de usuários cadastrados no mundo. Através da rede social os egípcios trocavam mensagens que falavam da insatisfação com o regime, desta forma era possível driblar a forte repressão. No auge dos protestos, o governo contra-atacou tirando do ar todos os servidores deixando cerca de 23 milhões de usuários sem acesso a Internet por cinco dias.
Não adiantou, a essa altura a população já estava mobilizada, a Internet serviu para acender a chama, foi o lugar comum em que pessoas insatisfeitas com o regime de Mubarak se encontraram.
O povo foi o ator principal desta história, foi o descontentamento popular que fez com que eles buscassem uma alternativa de mudança. É natural que a Internet, que aproxima pessoas de qualquer parte do mundo, tenha sido o meio encontrado para divulgação desta insatisfação, se ela não existisse os meios seriam outros (vide texto abaixo).
Isto comprova a tese do sociólogo francês, Dominique Wolton, que disse, em entrevista a Folha de SP - 9/11/2010, que a Internet não serve para a constituição da democracia: "Só funciona para formar comunidades em que todos partilham interesses comuns e não sociedades onde é preciso conviver com as diferenças.”
O Facebook foi o meio encontrado pela população para compartilhar as injustiças sofridas e organizar o movimento, mas foi a ida do povo às ruas que culminou com a queda de Mubarak.
A Internet facilita muito a interação social, mas o contato real com outras pessoas nos proporciona novas experiências e encontramos a oportunidade de crescermos como seres humanos e cidadãos.
Até a próxima!
Curiosidade
Fax, rádio e código Morse
Sem internet, egípcios recorrem a antigos meios de comunicação
O bloqueio da internet no Egito fez com que os internautas do país buscassem meios alternativos para se comunicar com o restante do mundo.Para isso, uma série de blogs, grupos de ativistas e até mesmo o Google lançaram serviços para facilitar o acesso ao mundo online.
“Um aspecto interessante de toda essa situação no Egito é que alguns manifestantes conseguiram furar o bloqueio com tecnologias que já estão fora de uso”, disse o analista político americano Mark Curtis, em referência ao uso de máquinas de fax, aparelhos de rádio amador, modems discados e até código Morse pelos manifestantes.
“Seres humanos têm uma necessidade básica de se comunicar, então se você impedir a comunicação de uma maneira, eles acharão outra.”Alguns blogs árabes disponibilizaram dicas de como usar conexão discada utilizando bluetooth, um telefone celular e um laptop. Militantes também chegaram a divulgar na internet um documento com 20 maneiras de contornar o bloqueio do governo egípcio à internet.
Tweet falado. O Google também lançou um serviço que permitia enviar mensagens ao Twitter por meio de uma ligação telefônica. Para postar uma mensagem no microblog, era necessário apenas deixar uma mensagem de voz, que era convertida automaticamente em arquivo de som encaminhado ao Twitter com o tag #egypt. / R. M
Fonte e Direitos Autorais: Redação Link – Renata Miranda, 10/02//2011
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